Quando o assunto são as drogas, é difícil não gerar um pouco de polêmica. Há os que defendem, há os que são totalmente contra a legalização dos produtos, principalmente a maconha. Para os interessados nas questões ambientais, o vice-presidente da Colômbia Francisco Santos Calderón dá um aviso.
Em um encontro com os chefes de polícia londrinos, noticiado pelo jornal The Guardian, Calderón alertou que a cada grama consumida de cocaína no Reino Unido cerca de quatro metros quadrados de florestas tropicais são devastados. Por ano, são 300 mil hectares de mata que dão lugar para plantações de coca.
“Para alguém que dirige um carro híbrido, que recicla, que está preocupado com o aquecimento global, dizer que aquela noite de festa vai destruir 4 metros quadrados de floresta pode fazer com que ele tome outra decisão”, supôs Calderón.
E, claro, não são só as matas que sofrem com o consumo ilegal da substância. Aproximadamente 900 civis morrem todos os anos por causa de minas terrestres implantadas para proteger plantações e fábricas de cocaína. Além disso, o terrorismo e o seqüestro de grupos armados também afetam a sociedade e destroem outras vidas, como foi o caso da política Ingrid Betancourt, que ficou aprisionada com um grupo guerrilheiro por mais de 6 anos.
O número de usuários da droga no Reino Unido chega a 810 mil, um pouco abaixo do que no Brasil, que atinge 870 mil – o segundo maior número das Américas, segundo a ONU, perdendo somente para os EUA com seis milhões!
O baixista da banda Blur, Alex James, fez um documentário junto à BBC para contar suas experiências com a droga e como um meio de conscientizar sobre os malefícios do uso da cocaína.
E como já cantou um outro roqueiro com problemas com a droga: “she don’t lie, she don’t lie, cocaine” (ela não mente, cocaína).
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