A guerra contra o tabagismo fica ainda mais acirrada. A Promotoria do Consumidor de São Paulo entrou com um processo contra as duas maiores empresas de cigarro do país, a Souza Cruz e a Philip Morris. Por quê? Porque o produto que elas fabricam – o cigarro – está causando prejuízos gigantescos nos sistemas de saúde - e o órgão espera que as companhias compensem os gastos.
Mas será que a culpa é mesmo dessas empresas?
Algo semelhante foi feito nos EUA, em 1998. Quatro empresas tabagistas tiveram que compensar os cofres públicos em US$ 200 bilhões ao longo de 25 anos. Aqui no Brasil, ainda não se sabe qual será o valor da indenização caso a promotoria ganhe. Mas, espera-se, que chegue na casa dos bilhões de reais.
Ou será do governo?
De acordo com o Ministério da Saúde, o preço do cigarro aqui no Brasil é o sexto mais barato do mundo. O valor reduzido é por causa da exploração da mão-de-obra da fumicultura. Cerca de 500 mil famílias vivem das plantações de tabaco.
Ou dos próprios fumantes?
Por ano, cerca de 200 mil pessoas morrem por problemas agravados pelo fumo no país. E alguns dados são ainda mais alarmantes: a população que ganha menos de R$ 400 gasta cerca de duas vezes mais com o vício do que com a educação.
Para tentar frear isso, o governo de São Paulo lançará ainda em agosto o selo Ambiente Livre do Tabaco, como um meio para conscientizar e estimular as pessoas a largarem o vício. Ele será colocado em bares, restaurantes e lojas que quiserem vetar o cigarro em seus estabelecimentos. Ou seja, nos lugares que houver esse selo, nem um fumódromo haverá por lá.
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